sábado, 19 de junho de 2010

A minha exceção...

"Em tempos em que todo sentimento verdadeiro luta contra a hipocrisia dos sentimentos vãos,

Você poderia ter sido a exceção.

Em tempos em que o amor é banalizado a cada esquina, a troca de propina,

Você poderia ter sido a exceção.

Em tempos em que corações paralisados sobrevivem em almas vazias que vagam sem direção,

Você poderia ter sido a exceção.

Em tempos em que se grita aos surdos e se escreve para os olhos do descaso,

Você poderia ter sido a exceção.

Em tempos em que as palavras nada dizem e os olhares, cegos e cristalizados, nada enxergam e nada nada expressam, apenas, refletem

Você poderia ter sido a exceção.

Agora, que cada estação é apenas mais uma estação que passa,

Sem escada, sem olhar, sem banco do porto, sem vagão,

Eu sinto que você, realmente, poderia ter sido a minha exceção."


(Por Karen Raquel para "Menino")

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Essência em vida ...

"Às vezes, tamanha é a força que me toma e me carrega pelo braço
Que nada parece grande demais para o meu abraço.
Sinto que renasço da noite escura que, outrora, me tragava,
Que, outrora, tanto sufocava,
Que sonho já não sonhava,
Tamanho era o cansaço.
Nestes momentos, sou como Fênix, renascida.
Eu vejo a vida em essência
E sou essência em vida.”

(Por Karen Raquel)

domingo, 13 de junho de 2010

Mostra-me a direção...

Que medo de seguir adiante.
Que medo de não te esperar por mais um instante.
De novo....
De novo estamos livres pra corrermos um para os braços do outro.
E, esses momentos têm sido tão raros no passar de nossos anos.
O nosso destino descompassado, por vezes, acerta o nosso passo.
Mas logo se encarrega de colocar um desvio desavisado e repentino em nosso caminho.
E foi sempre assim...
Até quando?
Quantas vidas serão necessárias para que, por fim, nossas almas estejam juntas?
Quando perceberás que sempre estive aqui? Que não tive escolha nem força pra ir contra o meu coração?
Era tudo tão mais simples e fácil antes de ti,
E também era tudo um imenso vazio...
Diz pra mim qual é a estrada que me levará até o teu coração.
Mostra-me a direção.

(por Karen Raquel)

domingo, 30 de maio de 2010

Vientos ...

Los vientos siempre nos traen y nos llevan algo.
¡Ésa es la condición!
Los vientos de ese fin de abril te trajeron para mí.
De la escalera de aquel viernes, bajó la mirada que vio lo mejor de mí.
La mirada que tocó como brisa cálida y leve, y que, en un momento breve, quitó mi cáscara para sentir mi alma.
Esa mirada que incesantemente busqué, con la mía, cruzó en el momento en que ver ya no quería más.
En el momento en que estaba sometida a la dirección del viento.
En un tiempo que seguía lento y desatento a todo lo que ya no servía más, a todo lo que ya no dolía más.
Y permití que los vientos me guiaran hacia ti.
Y, en tan corto tiempo, yo viví una vida entera a tu lado.
Te sentí.
Te quise.
Te tuve.
Vigié tu sueño, compartí mis sueños, y, a tu lado, adormecí de un adorable cansancio.
Pero los vientos…
Los vientos siempre nos traen y nos llevan algo.
La verdad es que, por veces, nos llevan lo que nos traen.
Y, aunque duela mucho, hay que aceptar la condición.
Tú…
Tú me llegaste como brisa cálida y leve, con los vientos de abril.
Y te fuiste con los vientos de mayo, dejándome el frío.

(Por Karen Raquel para "Menino")

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Lá vem...lá vem o trem!

Lá vem...lá vem o trem!
O Trem que sempre vem sem alguém...
Porém, naquele dia, os ventos disseram-me que tudo tempo tem.
Ah, Menino do trem...
Que, um dia, me vieste buscando a quem?
Então, embarcamos naquele trem...
Então, embarcaste naquele trem...
Então, embarquei naquele trem...
Que sempre vem, que sempre vem ...
pra quem? Pra quem?

(Por Karen Raquel para Menino)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O querer que eu quero...

“Quero o teu querer sem dúvida e sem engano.
Não quero sofrer o dano, derramar meu pranto por um capricho teu.
Não sou um troféu que se conquista e se guarda em um relicário olvidado.
Eu sou pele e calor, sou alma e suor....eu sou aquilo que se sente, e se não sentes, tchau... “

(por Karen Raquel para Menino)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Provar...

“Quero provar sem, necessariamente, ter de aprovar ou desaprovar.
Quero provar simplesmente.
Mas não como criança que leva à boca tudo o que desconhece,
E sim, como quem, conscientemente, deseja e permite-se experimentar.
Provarei, sem pressa e covardia, de todos [des] gostos que me tragam os ventos de abril a agosto...
Todos os gostos dessa estação que chega através do vento que arrepia, acaricia e corta!
E, mesmo que não tenha um coração a que tudo suporta,
E, mesmo que, por vezes, busque, sem êxito, o abraço que conforta,
Deixarei aberta a minha porta.
E que, por ela, entre o vento sem pressa de entrar e de ir embora."

(por Karen Raquel)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Não há mais pressa em meu coração ...

“Não há mais pressa em meu coração
Eu permito que o vento mostre-me a direção
Eu estou em um tempo que, agora, segue lento, mas atento a todo movimento.
Eu estou entregue à direção do vento, então, eu sigo e espero a chegada do nosso tempo.
Porque eu prefiro, mesmo de tempos em tempos, sentir o gosto suave do seu beijo.
Porque eu prefiro o amargo de sua palavra sincera à doce mentira que seduz e dilacera.
Porque um único abraço seu devolve a luz para o meu coração.
Porque quando me lembro de você,quando vejo você, quando sinto você, eu sinto, eu vejo verdade. E isso, agora, é tudo o que importa.
Eu estou entregue à direção do vento, então, eu sigo leve, aguardando a próxima estação.
Porque, agora, não há mais pressa em meu coração.
Agora, eu estou ao sabor do vento e permito que ele mostre-me a direção.”

(POR Karen Raquel)

sábado, 17 de abril de 2010

O AMOR MAIS LINDO...



"Eu lhe dei o maior amor que já pude dar, que já pude sentir.
Ele estava aqui, dentro de nós, mas permitimos que ele fosse embora.
E ele foi.
Não sei se sou capaz de sentir tamanho amor novamente.
Não sei se,hoje, teria força suficiente.
O maior amor ...
O mais lindo amor que pude sentir,
 Eu senti por você.
Por muito tempo ele esteve aqui, dentro de nós? [dentro de mim].
Mas nós o deixamos partir para tão longe...
Será que seria capaz?
Realmente, não sei se, hoje, meu coração teria tamanha força de amar."

(por Karen Raquel)

domingo, 11 de abril de 2010

Não mais ...

"Não mais as tuas doces palavras que, delicadamente, soam em meus ouvidos.
Não mais a ternura dos teus olhos.
Não mais o calor de teus abraços.
Não mais o gosto entorpecente de teus lábios.
Não mais as promessas vãs que me fazes.
Não mais a delirante sensação de estar contigo.
Não mais essa doce ilusão que me faz chorar.
Não mais o desejo de fazer parte de uma vida que não me pertence."


(Por Karen Raquel - escrito de séculos atrás)

Indômita Paixão ...

"Então meu sonho imaculado criou pele e fôlego.
E a cândida aparência deu lugar à indômita força, antes, contida em meu âmago.
Libertando-se como flama ardente, como cálido desejo.
Causando grande estrépto em meu ser.
Deixando-me impudica e embevecida de tanto prazer. 
E sem mais, encontro-me destemida por esta desmedida paixão, tão invonluntária como as batidas de meu coração.
Paixão esta que , hoje, se faz alento para minha vida.
Motivo pelo qual o sangue corre em minhas veias."

(Por Karen Raquel - escrito de séculos atrás)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

É fácil julgar a casca, difícil é sentir a alma...

Alguém quer sentir e ver o que tem aqui dentro?
Não, claro que não. É mais fácil olhar e tocar a casca que desvelar a alma. Para tanto, é preciso comprometer-se de alguma forma, ser cúmplice de alguma forma, de alguma forma ser e estar.Permanecer.
Sinto-me um objeto ambulante que, para proteger-se de olhares vigilantes, projetados de todos os lados, anda e anda de cabeça baixa e olhos semi-abertos só para não tropeçar, para não cair.
Para uns, sou como brinquedo barato, descartável.
Para outros, poucos, uma obra de arte distante, inalcançável.
E para outrem, talvez, interessante, mas não o bastante.
E se pergunto: - Para quem sou essência? Para quem sou verdade?
Respondem-me: - Pra que essência? Pra que verdade? Acaso pensas que sonho vira realidade?
Pois é...Verdade, sinceridade e essência...de tão raras, tornaram-se fictícias, irreais.
Mas o que é considerado real?
Aquilo que se vê, aquilo que se toca....geração de São Tomés.
Sentir é comprometer-se, é arriscar-se, é tornar-se vulnerável.
Que tolo precisa disso? Perguntam-me. E respondo: - Eu!
Quero sentir e que me sintam.
Quero ser essência em verdade.
Quero arriscar-me por alguém e que este alguém se arrisque por mim.
Aceito tornar-me vulnerável se preciso for para viver o amor.
Aceito ser metade para receber a outra parte.

(POR Karen Raquel)

sábado, 3 de abril de 2010

Chega de esperar...

“Chega de esperar
Esperar “o chegar”.
Esperar esse “sei lá o quê”
Que faria toda a diferença,
Que me livraria da indiferença dos sentimentos vãos.
Que me faria exceção,
Que traria mais razão para minha existência,
Que veria e seria a essencial essência.
Chega de esperar,
Vou apenas viver, deixar acontecer e permitir o existir de cada fração de segundo.
Vou respirar fundo, encher o pulmão de ar.
Vou andando,respirando, assistindo a vida se revelar.
Vou aproveitar cada segundo e sentir a essência de tudo que por mim passar.
Vou trocar energia, comprartilhar...
É, decidi que prefiro começar a viver a viver a esperar.
Esperar esse "sei lá o quê"...
É, chega de esperar.
Pois a espera dilacera e sufoca o presente que se esmera para existir.
Viver a espera é abdicar do presente por um futuro que não se enxerga.
Um futuro que um dia será. Será?”

(Karen Raquel)

domingo, 21 de março de 2010

De meus amores ...


"De meus amores

Restaram flores que morreram com o tempo.

Restaram dores que não cessam, 

Que nunca deixam de doer.

Restaram lembranças vivas de momentos mágicos,

De momentos trágicos.

Quantas vezes, entreguei este coração, pondo-o à beira 

do abismo sem hesitar, sem temer, sem questionar.

Quantas vezes, mergulhei sem medo de afogar.

E quantos versos escritos, talvez lidos, por certo, hoje, esquecidos.

Um dia...

Um dia eram olhares cúmplices.

Eram mãos dadas.

Eram pés em uma mesma estrada .

Era sonho que se sonhava junto

De meus amores restaram flores que não resistiram ao tempo.

Restaram dores que continuam doendo.


Restaram flores...Dores...

De meus amores.”

(Karen Raquel)

quinta-feira, 18 de março de 2010


“Eu preciso de alguém.
Sim, eu preciso.
Porque todos nós precisamos de alguém na vida, pra que haja vida.
É preciso doar-se.
É preciso ser metade pra receber a outra parte. E novamente tornar-se um.
É preciso encontrar a razão pra continuar.
É preciso ter alguém pra somar, pra sonhar junto.
É, preciso de alguém que olhe fixo no turvo dos meus olhos e enxergue o que tem lá no fundo.”

(Por Karen Raquel)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Soledad ...

“Ay soledad que me asombra.

Me llena de miedo.

Me hace temblar al sentirla tan cerca.

Tan cerca que, a veces, no sé si soy yo o ella a conducir mi cuerpo sin fuerzas.

Soledad que nace de un agujero de ausencias que resiste en mí.

Donde casi nadie se arriesga a llegar con un poco de luz.”

(Por Karen Raquel)

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A vida acontece, simplesmente!



Acredito que a vida possa ser tão simples como quando acaricio meu rosto com folhinhas de hortelã.

Tão sedutora como as sementes de romã.

Tão suave como sentir brisa e gotinhas de chuva na pele.

Como respirar o ar fresco da manhã.

Corremos freneticamente em uma constante busca de viver a vida.

Preocupamo-nos tanto em buscá-la que nos esquecemos de parar segundinhos para vivê-la.

Viver esses pedacinhos que já encontramos e que já fazem parte desse conjunto de infinitas conexões.

Esquecemos que a vida não espera que nos sintamos satisfeitos com nossas buscas para acontecer. Ela, simplesmente, acontece.

Preocupados demais em procurar o que talvez nem tenhamos certeza do que se trate, desaprendemos a viver.

Então viver já não tem sentido.

O importante é buscar sei lá o quê, mas buscar...buscar.

Só assim nos sentimos úteis e ativos!

Por isso, é importante que nos permitamos um momento de lucidez e que nos demos conta de que a vida está acontecendo, simplesmente.

Não só...

No sorriso que nos pega de surpresa em uma boa lembrança.

Na mais sutil das gentilezas recebidas e ofertadas durante o nosso dia

Em um olhar de cumplicidade.

Mas também...

Nas lágrimas que derramamos e nas que provocamos.

Nas palavras que precisavam ser ouvidas, mas que foram caladas e nas que não precisavam ser ditas, mas foram.

Nos abraços e sorrisos não dados, não recebidos.

Na ajuda não dada, não recebida.

Tudo é vida...

Cada atitude que tomamos ou deixamos de tomar é vida.

Ou seja, é triste, mas vivemos esquecendo-se de viver!

A maior parte de nós está condicionado a enxergar dois tempos: passado e futuro. “Eu era, eu tinha...eu serei, eu terei”!

Pra que o presente? Não é mesmo? Quando vemos já é passado!

Ai está o nosso grande engano: “não importar-se com o agora”. Como sou? Como estou? O que eu tenho? 

Essas perguntas são fundamentais. Não que tenhamos que esquecer nossas experiências passadas ou não almejar o futuro, mas não podemos mais cometer o erro de não olhar para o presente e, então, viver!

(Por Karen Raquel)

Vai!


Vai!

Vai chorar por ela!

A vampira sedutora! A Mentirosa!

Continua seduzido por ela, porque o que ela mais queria era provar seu poder de sedução.

Isso! Chora por ela, porque ela quis te fazer chorar, então, não a decepciones.

Chora!  Esquece a tua vida, porque ela também esqueceu que tu tinhas uma.

Ela é feita de vazio, de mentira, de dor alheia, da tua dor.

Logo, dói muito para que ela continue vivendo dentro de ti, sugando-te, consumindo a tua vida em doses homeopáticas. E continua mostrando a ela toda a tua dor traduzida em versos sangrentos. Estes são o troféu de sua vitória.

Dizes ser um exímio fingidor, mas a verdade é que te escondes atrás de tua própria dor.

É mais fácil permanecer na inércia?  Mais cômodo? Não..não é essa a tua questão. A tua questão é tê-la através da dor que ela te causou.


É fazer com que essa dor a mantenha viva dentro de ti, mesmo que te custe a tua própria vida.  Não te julgo um covarde, porque foi preciso ter coragem para abdicar de tua própria vida por alguém que não te dá valor.


Julgo-te sim um cabeça-dura por persistir nessa sangria, por alimentá-la. Enquanto isso, eu fico aqui do lado de fora desse teu mundo paralelo, assistindo a tua derrota, vendo-te morrer, recebendo restos de tuas noites inebriantes.


É triste ter-te nestes teus momentos de fuga, saber que é preciso que fujas para que me encontres.


Queria que me destinasses um único momento de tua lucidez. Que me visses como  eu sou, que me enxergasses em essência!


Mas isso não aconteceu. 

Que tola eu fui, não percebi que para te encontrar precisaria estar morta, mas eu estou viva, meu bem, viva!


(Por Karen Raquel)

sábado, 27 de fevereiro de 2010


“Tenho a impressão de que, por vezes, pessoas especiais passam pela minha vida simplesmente para que eu saiba que elas existem...” 

(Karen Raquel)


Nas noites quentes ...


Nas noites quentes, lindas e misteriosas,

Corações solitários saem a procura de um pouco de paz.

Dando trégua à dor, enchendo-se de líquido entorpecente, pois só assim os olhos brilham e o corpo seduz.

Libertando-se das sombras.

Esquecendo-se de toda a dor, de toda a mágoa.

Deixando-se levar ao som da música que toca, bocas estranhas se encontram em ardentes beijos e as mãos intrusas invadem portas e janelas.

Olhos fechados, a doce saliva.

Nomes vagos, números de telefone, nada mais!

Nas noites quentes corações solitários saem em busca de um pouco de paz...

(Por Karen Raquel)