domingo, 28 de fevereiro de 2010

A vida acontece, simplesmente!



Acredito que a vida possa ser tão simples como quando acaricio meu rosto com folhinhas de hortelã.

Tão sedutora como as sementes de romã.

Tão suave como sentir brisa e gotinhas de chuva na pele.

Como respirar o ar fresco da manhã.

Corremos freneticamente em uma constante busca de viver a vida.

Preocupamo-nos tanto em buscá-la que nos esquecemos de parar segundinhos para vivê-la.

Viver esses pedacinhos que já encontramos e que já fazem parte desse conjunto de infinitas conexões.

Esquecemos que a vida não espera que nos sintamos satisfeitos com nossas buscas para acontecer. Ela, simplesmente, acontece.

Preocupados demais em procurar o que talvez nem tenhamos certeza do que se trate, desaprendemos a viver.

Então viver já não tem sentido.

O importante é buscar sei lá o quê, mas buscar...buscar.

Só assim nos sentimos úteis e ativos!

Por isso, é importante que nos permitamos um momento de lucidez e que nos demos conta de que a vida está acontecendo, simplesmente.

Não só...

No sorriso que nos pega de surpresa em uma boa lembrança.

Na mais sutil das gentilezas recebidas e ofertadas durante o nosso dia

Em um olhar de cumplicidade.

Mas também...

Nas lágrimas que derramamos e nas que provocamos.

Nas palavras que precisavam ser ouvidas, mas que foram caladas e nas que não precisavam ser ditas, mas foram.

Nos abraços e sorrisos não dados, não recebidos.

Na ajuda não dada, não recebida.

Tudo é vida...

Cada atitude que tomamos ou deixamos de tomar é vida.

Ou seja, é triste, mas vivemos esquecendo-se de viver!

A maior parte de nós está condicionado a enxergar dois tempos: passado e futuro. “Eu era, eu tinha...eu serei, eu terei”!

Pra que o presente? Não é mesmo? Quando vemos já é passado!

Ai está o nosso grande engano: “não importar-se com o agora”. Como sou? Como estou? O que eu tenho? 

Essas perguntas são fundamentais. Não que tenhamos que esquecer nossas experiências passadas ou não almejar o futuro, mas não podemos mais cometer o erro de não olhar para o presente e, então, viver!

(Por Karen Raquel)

Vai!


Vai!

Vai chorar por ela!

A vampira sedutora! A Mentirosa!

Continua seduzido por ela, porque o que ela mais queria era provar seu poder de sedução.

Isso! Chora por ela, porque ela quis te fazer chorar, então, não a decepciones.

Chora!  Esquece a tua vida, porque ela também esqueceu que tu tinhas uma.

Ela é feita de vazio, de mentira, de dor alheia, da tua dor.

Logo, dói muito para que ela continue vivendo dentro de ti, sugando-te, consumindo a tua vida em doses homeopáticas. E continua mostrando a ela toda a tua dor traduzida em versos sangrentos. Estes são o troféu de sua vitória.

Dizes ser um exímio fingidor, mas a verdade é que te escondes atrás de tua própria dor.

É mais fácil permanecer na inércia?  Mais cômodo? Não..não é essa a tua questão. A tua questão é tê-la através da dor que ela te causou.


É fazer com que essa dor a mantenha viva dentro de ti, mesmo que te custe a tua própria vida.  Não te julgo um covarde, porque foi preciso ter coragem para abdicar de tua própria vida por alguém que não te dá valor.


Julgo-te sim um cabeça-dura por persistir nessa sangria, por alimentá-la. Enquanto isso, eu fico aqui do lado de fora desse teu mundo paralelo, assistindo a tua derrota, vendo-te morrer, recebendo restos de tuas noites inebriantes.


É triste ter-te nestes teus momentos de fuga, saber que é preciso que fujas para que me encontres.


Queria que me destinasses um único momento de tua lucidez. Que me visses como  eu sou, que me enxergasses em essência!


Mas isso não aconteceu. 

Que tola eu fui, não percebi que para te encontrar precisaria estar morta, mas eu estou viva, meu bem, viva!


(Por Karen Raquel)

sábado, 27 de fevereiro de 2010


“Tenho a impressão de que, por vezes, pessoas especiais passam pela minha vida simplesmente para que eu saiba que elas existem...” 

(Karen Raquel)


Nas noites quentes ...


Nas noites quentes, lindas e misteriosas,

Corações solitários saem a procura de um pouco de paz.

Dando trégua à dor, enchendo-se de líquido entorpecente, pois só assim os olhos brilham e o corpo seduz.

Libertando-se das sombras.

Esquecendo-se de toda a dor, de toda a mágoa.

Deixando-se levar ao som da música que toca, bocas estranhas se encontram em ardentes beijos e as mãos intrusas invadem portas e janelas.

Olhos fechados, a doce saliva.

Nomes vagos, números de telefone, nada mais!

Nas noites quentes corações solitários saem em busca de um pouco de paz...

(Por Karen Raquel)

Não entendo como deixamos chegar a este ponto

Onde as palavras prevalecem e tomam conta de tudo.
Não precisamos delas! Não quando estamos frente a frente!

Na verdade, nossos olhos sempre revelaram
tudo que através de palavras tolas e frases feitas tentávamos esconder.

Basta apenas que nossos corpos se aproximem e compartilhem o calor,
Para que haja um só compasso em nossos corações,
Para que respiremos em um só tempo,como se fossemos um!Somente um!
 
Já não aguento ter que dissimular,
Quando tudo que eu mais queria
Era tão pura e simplesmente ser sua!

Não posso continuar mantendo esta farsa
Que me fere, enche-me de sombras e faz-me sentir frio!

Se a mim não podes amar,
Simplesmente!
Amar-me, não mais que isso!

Se não consegues, tão somente, ser meu amor, aquecer-te em meu peito,
Adormecer em meus braços, deleitar-se de meus doces beijos e ternos carinhos.
Nada mais posso fazer!

Não posso mais manter essa grande mentira,
Que inventamos para enganarmos a nos mesmos!

De não amar, quando se ama.
De não chorar, quando se sente.
De não se importar, quando tudo importa! De ser feliz, quando se sangra!

Na multidão meu olhar procura o teu
Para que eu saiba o que tuas palavras não souberam me dizer!

                                                                                                    
(Karen Raquel)

¡Mi vida!



“Me siento morir un poco más a cada día,
Pues siento que ya no puedo tenerte junto a mí.
Ya no tengo fuerzas para luchar con lo invisible,
Con lo que no se puede tocar con las manos:
¡Tu inseguridad!
Estoy aislada en mi propio corazón.
La vida perdió el brillo.
Los días sin ti son como la lluvia que cae, no dejando salir el sol.
Y las noches no son más las mismas,
Cuando en tus brazos moría de amor,
Cuando tus manos recorrían mi cuerpo
Y tu lengua probaba todo el néctar...
Un día todo lo que tengo fue tuyo,
Pero, hoy, todo lo que tienes es mi recuerdo.”

                                             (Karen Raquel Tanski Paraná )

Serás... siempre


"Serás siempre el dolor de mi alma,
El sueño o quizá la pesadilla que nunca se acaba.

Serás siempre el nublado de mis ojos
Y el aire que, a veces, hace falta.

Serás la angustia que siento cuando, al tener un pensamiento equivocado,
Falta la luz de mi mirada.

Serás siempre la lágrima que cae sin que se perciba
Y la duda en las elecciones de mi vida.

Serás siempre el recuerdo de un amor imposible,
Atrapado entre mi piel y mi alma."

(Karen Raquel Tanski Paraná)

Sos ...


“Sos  mi amor, lo mejor de mis sueños.
El mejor gusto, el mejor olor.
Sos mi eterna pasión, mi aprieto en el pecho.
Mis suspiros, mi risa sin motivo aparente.
Mis lágrimas involuntarias, mi nudo en la  garganta.
Sos lo que siempre quise, lo que aún sigo queriendo.
Sos el sentido de millares de actitudes que he tomado o que deseé tomar.
Los momentos que pasaba junto a ti eran la mejor parte del día y muchas veces el porqué del día.
Eras motivo de mis ganas de seguir siendo. Pero, ahora, no estás aquí.
No te encuentro, no te veo, no te siento, ya no te tengo.
Resta solamente tu recuerdo en mi memoria, y, en mi corazón, mi amor que es tuyo.
Ya no somos más nosotros, ni en nuestros pensamientos, en nuestros sueños, nuestras posibilidades.
Nuestra secreta  complicidad ya no existe, lo nuestro ya no existe, lo dejaste olvidado en el tiempo. Un tiempo que también  se olvidó de mí.
Hoy, sigo sin querer, en el vacío, porque así quiso mi destino.
Nada sé de mis senderos, nada espero. Apenas sigo, sin pretensión alguna, y acepto lo que me trae la vida. Apenas sigo en el vacío…ya no estás aquí.”

(Karen Raquel Tanski Paraná)

Um pouco de ar ...

Cansei por hoje.
Cansei de trabalhar.
Chorar, ver fotos e pensar em você.
O fim desta tarde está acontecendo lindo do lado de lá da minha janela.
E a brisa que anuncia o próximo outono, ao entrar por essa que me espia, mostra-se convidativa e convida-me a sair, a respirar!
Um pouco de ar, talvez hoje, seja o que há.
Não vou resistir, pra quê?
Fique aqui quietinha, solidão, que volto já!
Só vou ali tomar um pouco de ar.
(Por Karen Raquel)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Y ¿Qué sé yo?

¿Qué importa lo que yo haga?
Nunca quisiste nada que venga de mí además de unas buenas noches de amor.
Además de alguien para compartir tu infinito dolor en madrugadas desesperadas.
¿Qué importa si me importo contigo, si en cada verso que te escribo te digo lo que significas a mí?
¿Qué importa si te vas?
¡Si te fuiste sin decir adiós!
¿Qué importa?
Y seguro que me contestarías: Y ¿Qué sé yo?
(Por Karen Raquel)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Es necesario llorar ...

Sin ánimo.
Sin fuerzas.
Sin aire.
Una vez más.
¡No me preguntes si no estoy bien
Si es tan nítida mi tristeza!
¡Déjame llorar esta falta que es mía!
Que es solo mía.
¡Déjame! No estoy sola.
La verdad es que la soledad siempre estuvo aquí.
Tan cerca.
Dentro de mí.
Que el lloro dure una o varias noches.
¿Qué importa? si es necesario llorar.
Llorar este dolor hasta el final…
Hasta que se deshaga el nudo en la garganta.
¡Se me fue!
Se me fue parte del aire.
Para muy lejos, donde mi corazón no es bienvenido.
¡No te preocupes conmigo!
Hago lo que debo hacer.
Llorar…
Llorar este dolor hasta el final.
Hasta que se deshaga el nudo en mi garganta.
¿Qué importa si el lloro dure una noche y una mañana? si es necesario llorar.
Sí, es necesario llorar.


(por Karen Raquel)



terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Chuva de verão



“Isso!

Foi apenas uma chuva de verão.

Passageira!
Deixei-me molhar, afinal, já diz o ditado: "quem está na chuva é pra se molhar", não é?
Mas essa chuva de janeiro a fevereiro apenas chuviscou sobre mim.
Não umedeceu.
Não choveu.
Chuva esquiva.
Chuva ácida.
Chuva tóxica.
Chuva que não quis molhar.
E não molhou.
Fez o vento bater a minha porta.
Estremeceu-me com seus trovões.
Energizou-me com seus raios.
Fez a terra seca e sedenta esperá-la ansiosa.
Mas eram apenas gostas em vapor.
Não umedeceu.
Não choveu.
Chuva esquiva.
Chuva ácida.
Chuva tóxica.
Chuva que não quis molhar
E não molhou...”

(Por Karen Raquel T. P.)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Nada se compara depois de você



Depois que você entrou em minha vida,
Os estereótipos deixaram de existir,
As regras foram todas postas de lado.
Porque nada se comprara a você.
Você devolveu a poesia a minha vida.
Minha alma voltou a florescer quando eu encontrei você.
Voltei a ser jasmim na esperança de adornar o seu jardim.
Mas você partiu para tão longe de mim.
E, há tantas e tantas noites trago as vistas cansadas ao adentrar das madrugadas
Pois, meus olhos, senhores de si, não conseguem parar de admirar cada pedacinho daquelas imagens, hoje, tão distantes, tão frias, mas que me remetem a algo que ainda resiste em mim.
Porque para mim, nada se compara depois de você.
E o que dói na alma é que eu queria estar ao seu lado agora.
Queria repousar meu corpo cansado no seu.
Queria poder segurar a sua mão, aconchegar minha cabeça em algum lugar do seu peito e só então, fechar os meus olhos com a certeza de que você está comigo...
Tão curto foi o nosso tempo e tão longo e doído é nosso triste legado
Tão pouco tempo para mirar-lhe os negros olhos
Tão pouco tempo para beijar-lhe a palma da mão, para ajeitar-lhe o cabelo
Para sentir seu cheiro, para beber seu beijo.
Porque, baby, nada se compara
Nada se compara ao estar com você, ainda que do lado de cá da tela do meu computador.
Nada se compara ao conversar com você, ao sentir você.
Sentir o toque, o beijo, o suor, o cheiro, a fome, a sede.
Nada se compara depois de você, meu menino alma, poesia e canção.
Nada se compara e nada posso fazer.

(Karen Raquel)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

UNA PERFECTA IMPERFECTA



"Un jazmín sin jardín.

Una flor sin colibrí.

Un yo sin ti.

Así soy yo
Una perfecta imperfecta.

Una estrella sin cielo.

Pies sin suelo.

Una caña sin anzuelo.

Así soy yo
Una perfecta imperfecta.

Poesía sin lector.

Besos sin amor.

Talismán sin valor.

Así soy yo
Una perfecta imperfecta.

Letra sin canción.

Mitad de un corazón.

Huellas sin dirección.

Así soy yo
La propia imperfección."
(Por Karen Raquel)