Vem e vai.
Causa tormenta,
Agita!
Vem e vai.
Por vezes, volta.
Renovada!
Mas nunca fica.
Sentida.
Nunca tida.
Nunca vista.
Passa querendo ficar.
Passa querendo ser vista,
Mas ninguém a avista.
Ninguém que não a deixe escapar.
Ninguém que diga: fica!
Seja a tormenta que agita.
Seja a brisa que alivia.
Vem.
Passa.
Mas nunca fica.
Nunca fica!
“Pra que tanta distân [s] ia?
E essa arrogân [s] ia que te confere falsa importân[s]ia
E me dá ânsia por não compreender
Por que [tanto] querer?
O que temo por desconhecer
O que desconheço porque temo
O florescer ...
Do que sinto ainda não posso dizer
É como um labirinto [ser/estar]
Em busca do que pressinto
sem querer encontrar
A saída pra não sentir
É fingir de resistir...”
(Por Karen Raquel)
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
“Sem mais saber como reagir diante deste turbilhão da vida
Sem mais saber como ser, como seguir
Como encontrar saída
Resta-me sentir
Resta-me sentida
Sentir...ir...ir...”
De tantas noches de completa oscuridad de este largo invierno,
Hubo una clara noche de luz suave, dulce y cálida.
De tantas noches de miradas frías, vacías de este largo invierno,
Hubo una noche, en la que, mientras la copa se vaciaba, la mirada se llenaba de una profundidad inalcanzable, de una firmeza insuperable que declaraba la gana callada.
De tantas noches de soledad de este largo invierno,
Hubo una noche de seguridad entre aquellos largos brazos de tiernos abrazos.
De tantas noches sin colores, sin sabores de este largo invierno,
Hubo una noche rubra, de sabor porteño...
Y, al llenar de la copa vacía, se calentó la noche mía.
"Tá doendo agora!
É uma dor aguda.
Uma dor oriunda
Da não concretização dos sonhos que sonhei por você, pra você!
Da recusa de tudo que tinha a oferecer, tenho.
Mais do que horas de boa conversa, corpo, beleza e atração.
Eu ofertava um coração..."
"Às vezes, tamanha é a força que me toma e me carrega pelo braço
Que nada parece grande demais para o meu abraço.
Sinto que renasço da noite escura que, outrora, me tragava,
Que, outrora, tanto sufocava,
Que sonho já não sonhava,
Tamanho era o cansaço.
Nestes momentos, sou como Fênix, renascida.
Eu vejo a vida em essência
E sou essência em vida.”
Que medo de seguir adiante.
Que medo de não te esperar por mais um instante.
De novo....
De novo estamos livres pra corrermos um para os braços do outro.
E, esses momentos têm sido tão raros no passar de nossos anos.
O nosso destino descompassado, por vezes, acerta o nosso passo.
Mas logo se encarrega de colocar um desvio desavisado e repentino em nosso caminho.
E foi sempre assim...
Até quando?
Quantas vidas serão necessárias para que, por fim, nossas almas estejam juntas?
Quando perceberás que sempre estive aqui? Que não tive escolha nem força pra ir contra o meu coração?
Era tudo tão mais simples e fácil antes de ti,
E também era tudo um imenso vazio...
Diz pra mim qual é a estrada que me levará até o teu coração.
Mostra-me a direção.
Los vientos siempre nos traen y nos llevan algo.
¡Ésa es la condición!
Los vientos de ese fin de abril te trajeron para mí.
De la escalera de aquel viernes, bajó la mirada que vio lo mejor de mí.
La mirada que tocó como brisa cálida y leve, y que, en un momento breve, quitó mi cáscara para sentir mi alma.
Esa mirada que incesantemente busqué, con la mía, cruzó en el momento en que ver ya no quería más.
En el momento en que estaba sometida a la dirección del viento.
En un tiempo que seguía lento y desatento a todo lo que ya no servía más, a todo lo que ya no dolía más.
Y permití que los vientos me guiaran hacia ti.
Y, en tan corto tiempo, yo viví una vida entera a tu lado.
Te sentí.
Te quise.
Te tuve.
Vigié tu sueño, compartí mis sueños, y, a tu lado, adormecí de un adorable cansancio.
Pero los vientos…
Los vientos siempre nos traen y nos llevan algo.
La verdad es que, por veces, nos llevan lo que nos traen.
Y, aunque duela mucho, hay que aceptar la condición.
Tú…
Tú me llegaste como brisa cálida y leve, con los vientos de abril.
Y te fuiste con los vientos de mayo, dejándome el frío.
Lá vem...lá vem o trem!
O Trem que sempre vem sem alguém...
Porém, naquele dia, os ventos disseram-me que tudo tempo tem.
Ah, Menino do trem...
Que, um dia, me vieste buscando a quem?
Então, embarcamos naquele trem...
Então, embarcaste naquele trem...
Então, embarquei naquele trem...
Que sempre vem, que sempre vem ...
pra quem? Pra quem?
“Quero o teu querer sem dúvida e sem engano.
Não quero sofrer o dano, derramar meu pranto por um capricho teu.
Não sou um troféu que se conquista e se guarda em um relicário olvidado.
Eu sou pele e calor, sou alma e suor....eu sou aquilo que se sente, e se não sentes, tchau... “
“Quero provar sem, necessariamente, ter de aprovar ou desaprovar.
Quero provar simplesmente.
Mas não como criança que leva à boca tudo o que desconhece,
E sim, como quem, conscientemente, deseja e permite-se experimentar.
Provarei, sem pressa e covardia, de todos [des] gostos que me tragam os ventos de abril a agosto...
Todos os gostos dessa estação que chega através do vento que arrepia, acaricia e corta!
E, mesmo que não tenha um coração a que tudo suporta,
E, mesmo que, por vezes, busque, sem êxito, o abraço que conforta,
Deixarei aberta a minha porta.
E que, por ela, entre o vento sem pressa de entrar e de ir embora."
“Não há mais pressa em meu coração
Eu permito que o vento mostre-me a direção
Eu estou em um tempo que, agora, segue lento, mas atento a todo movimento.
Eu estou entregue à direção do vento, então, eu sigo e espero a chegada do nosso tempo.
Porque eu prefiro, mesmo de tempos em tempos, sentir o gosto suave do seu beijo.
Porque eu prefiro o amargo de sua palavra sincera à doce mentira que seduz e dilacera.
Porque um único abraço seu devolve a luz para o meu coração.
Porque quando me lembro de você,quando vejo você, quando sinto você, eu sinto, eu vejo verdade. E isso, agora, é tudo o que importa.
Eu estou entregue à direção do vento, então, eu sigo leve, aguardando a próxima estação.
Porque, agora, não há mais pressa em meu coração.
Agora, eu estou ao sabor do vento e permito que ele mostre-me a direção.”
Alguém quer sentir e ver o que tem aqui dentro?
Não, claro que não. É mais fácil olhar e tocar a casca que desvelar a alma. Para tanto, é preciso comprometer-se de alguma forma, ser cúmplice de alguma forma, de alguma forma ser e estar.Permanecer.
Sinto-me um objeto ambulante que, para proteger-se de olhares vigilantes, projetados de todos os lados, anda e anda de cabeça baixa e olhos semi-abertos só para não tropeçar, para não cair.
Para uns, sou como brinquedo barato, descartável.
Para outros, poucos, uma obra de arte distante, inalcançável.
E para outrem, talvez, interessante, mas não o bastante.
E se pergunto: - Para quem sou essência? Para quem sou verdade?
Respondem-me: - Pra que essência? Pra que verdade? Acaso pensas que sonho vira realidade?
Pois é...Verdade, sinceridade e essência...de tão raras, tornaram-se fictícias, irreais.
Mas o que é considerado real?
Aquilo que se vê, aquilo que se toca....geração de São Tomés.
Sentir é comprometer-se, é arriscar-se, é tornar-se vulnerável.
Que tolo precisa disso? Perguntam-me. E respondo: - Eu!
Quero sentir e que me sintam.
Quero ser essência em verdade.
Quero arriscar-me por alguém e que este alguém se arrisque por mim.
Aceito tornar-me vulnerável se preciso for para viver o amor.
Aceito ser metade para receber a outra parte.
“Chega de esperar
Esperar “o chegar”.
Esperar esse “sei lá o quê”
Que faria toda a diferença,
Que me livraria da indiferença dos sentimentos vãos.
Que me faria exceção,
Que traria mais razão para minha existência,
Que veria e seria a essencial essência.
Chega de esperar,
Vou apenas viver, deixar acontecer e permitir o existir de cada fração de segundo.
Vou respirar fundo, encher o pulmão de ar.
Vou andando,respirando, assistindo a vida se revelar.
Vou aproveitar cada segundo e sentir a essência de tudo que por mim passar.
Vou trocar energia, comprartilhar...
É, decidi que prefiro começar a viver a viver a esperar.
Esperar esse "sei lá o quê"...
É, chega de esperar.
Pois a espera dilacera e sufoca o presente que se esmera para existir.
Viver a espera é abdicar do presente por um futuro que não se enxerga.
Um futuro que um dia será. Será?”
Acredito que a vida possa ser tão simples como quando acaricio meu rosto com folhinhas de hortelã.
Tão sedutora como as sementes de romã.
Tão suave como sentir brisa e gotinhas de chuva na pele.
Como respirar o ar fresco da manhã.
Corremos freneticamente em uma constante busca de viver a vida.
Preocupamo-nos tanto em buscá-la que nos esquecemos de parar segundinhos para vivê-la.
Viver esses pedacinhos que já encontramos e que já fazem parte desse conjunto de infinitas conexões.
Esquecemos que a vida não espera que nos sintamos satisfeitos com nossas buscas para acontecer. Ela, simplesmente, acontece.
Preocupados demais em procurar o que talvez nem tenhamos certeza do que se trate, desaprendemos a viver.
Então viver já não tem sentido.
O importante é buscar sei lá o quê, mas buscar...buscar.
Só assim nos sentimos úteis e ativos!
Por isso, é importante que nos permitamos um momento de lucidez e que nos demos conta de que a vida está acontecendo, simplesmente.
Não só...
No sorriso que nos pega de surpresa em uma boa lembrança.
Na mais sutil das gentilezas recebidas e ofertadas durante o nosso dia
Em um olhar de cumplicidade.
Mas também...
Nas lágrimas que derramamos e nas que provocamos.
Nas palavras que precisavam ser ouvidas, mas que foram caladas e nas que não precisavam ser ditas, mas foram.
Nos abraços e sorrisos não dados, não recebidos.
Na ajuda não dada, não recebida.
Tudo é vida...
Cada atitude que tomamos ou deixamos de tomar é vida.
Ou seja, é triste, mas vivemos esquecendo-se de viver!
A maior parte de nós está condicionado a enxergar dois tempos: passado e futuro. “Eu era, eu tinha...eu serei, eu terei”!
Pra que o presente? Não é mesmo? Quando vemos já é passado!
Ai está o nosso grande engano: “não importar-se com o agora”. Como sou? Como estou? O que eu tenho?
Essas perguntas são fundamentais. Não que tenhamos que esquecer nossas experiências passadas ou não almejar o futuro, mas não podemos mais cometer o erro de não olhar para o presente e, então, viver!
Continua seduzido por ela, porque o que ela mais queria era provar seu poder de sedução.
Isso! Chora por ela, porque ela quis te fazer chorar, então, não a decepciones.
Chora! Esquece a tua vida, porque ela também esqueceu que tu tinhas uma.
Ela é feita de vazio, de mentira, de dor alheia, da tua dor.
Logo, dói muito para que ela continue vivendo dentro de ti, sugando-te, consumindo a tua vida em doses homeopáticas. E continua mostrando a ela toda a tua dor traduzida em versos sangrentos. Estes são o troféu de sua vitória.
Dizes ser um exímio fingidor, mas a verdade é que te escondes atrás de tua própria dor.
É mais fácil permanecer na inércia? Mais cômodo? Não..não é essa a tua questão. A tua questão é tê-la através da dor que ela te causou.
É fazer com que essa dor a mantenha viva dentro de ti, mesmo que te custe a tua própria vida. Não te julgo um covarde, porque foi preciso ter coragem para abdicar de tua própria vida por alguém que não te dá valor. Julgo-te sim um cabeça-dura por persistir nessa sangria, por alimentá-la. Enquanto isso, eu fico aqui do lado de fora desse teu mundo paralelo, assistindo a tua derrota, vendo-te morrer, recebendo restos de tuas noites inebriantes. É triste ter-te nestes teus momentos de fuga, saber que é preciso que fujas para que me encontres. Queria que me destinasses um único momento de tua lucidez. Que me visses como eu sou, que me enxergasses em essência! Mas isso não aconteceu.
Que tola eu fui, não percebi que para te encontrar precisaria estar morta, mas eu estou viva, meu bem, viva!
(Por Karen Raquel)
sábado, 27 de fevereiro de 2010
“Tenho a impressão de que, por vezes, pessoas especiais passam pela minha vida simplesmente para que eu saiba que elas existem...”